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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

2011: O Ano das Novelas das 6!

        Estava a fazer uma retrospectiva televisiva deste ano que já vai se esvaindo e me deparei com algo: Sem dúvida, o ano de 2011, na teledramaturgia, ficou marcado pelas novelas das 6. Tivemos novela boas em outros horários ("O Astro", por exemplo) e inovadoras em termo de tecnologia ("Morde & Assopra"), mas marcar o ano cabe a "Cordel Encantado" e "A Vida da Gente".
        A primeira uniu o que seria impossível: literatura de cordel e reinado europeu. Com um daqueles novelões de antigamente, a novela de Thelma Guedes e Duca Rachid conquistou o público e merece todos os prêmios que tem recebido, afinal tamanha coragem é pra poucos. Elas não inventaram nada, apenas recriaram a fórmula que dava certo, dando um frescor a tudo, mas, nada passando da clássica história de mocinho e mocinha apaixonados, onde tem um vilão que é obcecado por um dos dois e provoca de um tudo para separá-los. Então, se todo mundo sabe disso, porque todas as outras novelas não dão certo? Essa é uma pergunta difícil de se responder, mas se tomarmos "Cordel" como exemplo, podemos citar o fato das tramas paralelas serem tão bem construídas e amarradas entre si, dando um gás quando a trama central já não se torna tão atrativa. Isso foi mais um acerto desta novela, dentre tantos outros, como elenco, figurino, direção, fotografia, enfim.
        Já a segunda, veio falando do cotidiano, até no início lembrando um pouco as novelas de Manoel Carlos, mas, Lícia Manzo deu ar novo a temas tão comuns em novelas, como predileção de uma mãe por um filho, traição...enfim. Mas, ela vem com algo bastante interessante e que chega a dividir o público. Pra quem vamos torcer? Manu? Ana? É, tais indagações têm tem mexido com o público, já que somos acostumados sempre a torcer pelo bonzinho. Em "A Vida",  história de Manu e Ana, duas pessoas éticas e que amam uma a outra e disputam o amor de Rodrigo, é de mexer com tudo mesmo. Mas esta novela tem algo de "novo": não se tem aquele VILÃO, são pessoas comuns, que podemos encontrar na esquina, na nossa família... pessoas com defeitos e virtudes, e não seres maniqueístas que tanto vemos nos núcleos centrais de nossas telenovelas. A direção de Jayme Monjardim também foi um acerto! Ele é sensível o suficiente para guiar essa trama.
        "Cordel" e "A Vida" iluminaram nossas telinhas. Mas, de "Cordel", ainda espero a indicação do Emmy 2012, afinal é uma novela para ficar na história da teledramaturgia brasileira.
         Parabéns a todos e Boas Festas!

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